terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

UM IMPOSTOR CHAMADO EGO


O Ego é um impostor. Ele, através do pensamento, apresenta-se como sendo o Ser. É assim, que ele, de forma habilidosa, consegue enganar nosso corpo.

Nosso corpo é inteligente, ele responder prontamente a todas as situações reais da vida. Assim, se há necessidade de energia, então o corpo desenvolve a fome, e ele mesmo, através dos olhos, do nariz, dos pés, das mãos..., vai em busca da comida. Se há um perigo presente, ele, o corpo, ativa imediatamente seus mecanismos de defesa. Mas esses são apenas dois, dos muitos exemplos que podemos dar!

Mesmo sendo inteligente, o corpo não consegue diferenciar – muitas das vezes – uma situação real de um pensamento. Assim, diante do pensamento, ele encara e reage como se fosse uma coisa real. Se surgir um pensamento dizendo: “eu sou feio”, então o corpo se sente rejeitado e descriminado. Se surgir um pensamento dizendo: “eu não sou capaz”, então o corpo entende aquilo como incapacidade, e aí ele evita os desafios mais fáceis, se esconde deles, e ainda passa a ter medo.

Ego é a identificação com o pensamento daquilo que parece ser, mas que na verdade não é. Ego é a identificação com a superficialidade, com materialidade – que pela própria natureza é morta! Como você pode ser material? Você não é o que você ganhou; você não é o que você tem; você é simplesmente o que você sempre foi; você é o que você é. Lembre-se: você não é material; você é espiritual. Essa é sua natureza, a sua essência.

As pessoas estão pensando serem seus nomes, seus cargos, seus títulos, seus papeis, suas imagens, suas identidades... Essa é a vitória do Ego. Ele conseguiu desconectar as pessoas da realidade e conectá-las a irrealidade. Nada do que você pode “ser” é real. O que você sempre foi, é a única realidade. O nome pode ser trocado, o cargo pode ser perdido, o título pode ser tomado, o papel como o de pai, o de mãe podem desaparecer com a morte do filho. A imagem é transitória, nada disso é para sempre – só você é.

Entenda o que você é, conhece a ti mesmo, negue o Ego. Então, pela primeira vez a vida surgirá para ti. Conhecerás a Beatitude, a Bem-aventurança, a Paz e o Gozo Eterno.

Por viver em uma sociedade egóica, você pode até representar os papéis, mas saiba quem você é. Assim você jamais se identificará com a irrealidade.

Edson Carmo

2 comentários:

Eugenia Pura e Simplesmente disse...

Há Edson! Só você mesmo para descrever tão bem a condição do ser nesse hemisfério de luxúria e falsidade. Sermos nós mesmos não é fácil, sempre existem críticas e ser autêntico hoje em dia é muito difícil mesmo.
Mas a gente tenta né...
Um grande abraço Edson

Edson Carmo disse...

Querida amiga Eugenia,

Constantemente as pessoas estão colocando dentro de seus corpos, emoções e pensamentos negativos. Desta forma, tanto a entrada, como o espaço, que poderia ser utilizado pela Paz, pela Alegria, pelo Gozo,..., ficam bloqueada e ocupada – e a bem-aventurança não pode estabelecer-se.

Se uma pessoa olha para dentro do corpo e não encontra lá nada que lhe traga preocupação, então ela está automaticamente em Paz. A identidade é definida pelas preocupações. Se a identidade é de um bandido, então permanece a preocupação com a polícia, com a prisão... Se a identidade é de um empresário, então a preocupação é com a concorrência, com a falência... Cada identidade traz uma preocupação e tem gente que carrega muitas identidades.

Portanto se há no corpo/mente tantas preocupações, como haverá espaço para a Felicidade, a Alegria e a Paz real?

Se as pessoas aprenderem a viver como elas são; se abandonarem a tentativa de serem melhor ou igual às outras; isso será o esvaziamento de todas as preocupações. Ninguém é igual a ninguém, somos todos únicos. Se somos únicos, então não precisamos sofrer em busca de um modelo de sucesso, ou temer estar em um modelo de fracasso. O modelo a ser alcançado é uma estratégia do Ego para causar preocupação e sofrimento. Se aceitarmos o que somos, certamente estaremos inevitavelmente felizes.

Grato por sua rica participação!

Um grande abraço do amigo,

Edson Carmo