terça-feira, 30 de dezembro de 2008

FELIZ 2009

Que 2009 não seja novo apenas por causa da mudança dos números no calendário. Assim, estou desejando que nasça algo completamente novo em cada mente e coração. E que sejamos capazes de criar ao invés de apenas imitar. Porque a imitação traz a repetição; repetição é monotonia, monotom – o que eqüivale a um só tom, seja de cor ou de som.

2009 realizações a todos!

Edson Carmo

A DIFERENÇA ENTRE APEGO E AMOR

O apego é um dos obstáculos mais fortes a liberdade, felicidade e alegria. O apego é uma cilada porque nos faz acreditar que sem a pessoa, o objeto ou a situação à qual nos apegamos, jamais poderemos ser felizes. Mas é nos relacionamentos afetivos que a dependência e o apego mais nos enganam. Nos iludimos que nossa felicidade depende de uma determinada pessoa, e que se ela for embora de nossa vida, ela levará consigo toda e qualquer possibilidade que temos de sermos felizes. Depender de alguém ou de alguma coisa como do ar que é essencial à nossa sobrevivência, é uma doença emocional que só pode ser curada com a consciência de que tudo é passageiro no mundo dos homens e que nada podemos fazer quanto a isso. Enquanto não nos convencermos de que ninguém, a não ser nós mesmos e o Senhor Jesus Cristo, pode garantir nossa felicidade e nosso equilíbrio, continuaremos presas fáceis das armadilhas do apego. Quem ama tem a capacidade de si amar, de estar só consigo mesmo. Você deveria ser capaz de estar só, completamente só e, ainda assim, tremendamente feliz. Então, você pode amar. Então, seu amor não é mais uma necessidade, mas um compartilhar, não mais é uma carência. Você não se tornará dependente das pessoas que você ama. Você compartilhará - e compartilhar é bonito. Mas o que normalmente acontece no mundo é: você não tem amor, a pessoa que você pensa que ama não tem nenhum amor em seu ser também, e ambas clamam pelo amor do outro. Dois mendigos mendigando entre si. Como resultado, as brigas, o conflito, a contínua rixa entre os casais - a respeito de coisas triviais, coisas imateriais, coisas estúpidas! Mas continua-se brigando. O conflito básico surge porque o marido acha que não está recebendo o que tem direito de receber, a mulher acha que não está recebendo o que tem direito de receber. A mulher acha que foi enganada e o marido também acha que foi enganado. Onde está o amor? Ninguém está preocupado em dar, todo mundo quer receber. E quando todo mundo está atrás de receber, ninguém recebe. E todo mundo se sente perturbado, vazio, tenso. A fundação básica está faltando, e você começa a construir o templo sem o alicerce. Ele irá cair, desabar a qualquer momento. E você sabe quantas vezes seu amor ruiu. E, ainda assim, você prossegue fazendo a mesma coisa repetidamente. Você vive em tal grau de inconsciência! Você não vê o que você tem feito à sua vida e à vida das outras pessoas. Você continua, como um robô, repetindo o velho padrão, sabendo perfeitamente bem que você já fez isso antes. E você sabe qual tem sido, sempre, o resultado. E lá no fundo você também está ciente de que vai acontecer o mesmo novamente - porque não há nenhuma diferença. Você está se preparando para a mesma conclusão, o mesmo colapso. Se há algo que você deve aprender do fracasso do “amor”, é: torne-se mais consciente do que é o Amor de Deus. Busque a capacidade de amar sozinha, amar sem que alguém lhe ame. Muito raras pessoas são capazes de estarem felizes sozinhas – simplesmente porque não gostam de si mesmas e estão loucas para se ver livre de si nos braços de outra pessoa. Isso porque a idéia delas é que a felicidade tem de vir de alguém. Você encontra um lindo homem e logo fica feliz. Mas a mesma felicidade não surge em silêncio, na solitude de seu quarto. Se você fica feliz nestas condições, logo as pessoas vão suspeitar que você está usando alguma droga, que você está chapada. Sim, o amor é algo que nos deixa em êxtase, completamente satisfeitos. Ele nos liberta dos poderes alucinantes da mente e do corpo. É por isso que quem de fato ama é tão alegre, quando você está amando surge uma tal celebração em seu ser, que você não necessita de mendigar. Esta é a diferença entre amor e falso amor: no falso amor você se apega enquanto que no amor você libera.

Edson Carmo

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

PARA PENSAR EM LIBERDADE 02

Fala-se de liberdade, mas o que se sabe sobre ela? O que é a liberdade? Alguém diz e a maioria pensa que liberdade é o direito de escolha. E eu pergunto, será ? Um pássaro está em uma gaiola e escolhe cantar – ele está em liberdade por ter escolhido isso? Será que escolher consumir drogas todos os dias é de fato liberdade? Será que escolher assaltar para comer é liberdade? O que é liberdade?! Todas as suas escolhas são feitas com base em pensamentos e nenhum pensamento de fato é seu, eles são emprestados dos pais, dos sacerdotes, dos professores, dos lideres... e formadores de opinião desta sociedade. Como você pode ser livre se você escolhe com o pensamento de outro? Lembre-se: A liberdade é o que vem de você mesmo. Ela acontece sem nenhum conflito ou pressão interna. A liberdade é algo que nunca tem o mesmo material com que se faz a reação...

Edson Carmo

sábado, 27 de dezembro de 2008

PENSAMENTO X SENTIMENTO

Dentro de você existe um ringue onde o pensamento e o sentimento se enfrentam – este é o seu conflito básico! Perceba, existe uma luta, alguém tem que vencer, mas o seu apoio, a sua torcida, é para o pensamento e nunca para o seu sentimento – e esse é o seu grande erro! Ora, o sentir é mais real do que o pensar; sentir é mais natural do que pensar. O sentimento nasce com você, o pensamento é dado. Quando você nasceu, você sentia, mas ainda não pensava. Foi ai que a sociedade começou a dar-lhe os pensamentos, a moldar você, a cultivá-lo. Foi ela quem ensinou a você, que para ser aceito, você tem que se moldar a ideologia coletiva e a seus ideais, para que só então você passe a ser amado. Foi aí que o seu sentimento começou a perder lugar para o pensamento. O que era natural foi trocado pelo não-natural. Agora o não-natural passou a ser a sua mente, que fará com que você se esqueça completamente do que é sua verdadeira natureza, quem verdadeiramente você é. Olhe, você tornou-se um falso rosto; a sua face original perdeu-se. E você não quer mais encontra-la, pois você sabe que no momento em que a encontrar, toda a sociedade se voltará contra você. E é por isso que você coloca-se contra a sua natureza real. Essa é a sua neurose: você não pode ser você!

Edson Carmo

PONTO DE VISTA

Não importa o que você veja; o que você está vendo, todo o seu ver é limitado. Você vê o mar, mas você não pode contemplar o que realmente ele é. Quando você olha para o mar, o que você vê é apenas uma pequena parte. O mar não é essa parte limitada, pequena que você vê. Limitados são os seus olhos, o seu foco, a sua visão. Assim, não são as coisas que são pequenas, limitadas, mas a visão com que você ver as coisas. Na vida as coisas estão sempre se dissolvendo em alguma outra coisa. A onda está sempre se dissolvendo no mar. A semente está se dissolvendo na arvore... Tudo está perdendo os seus limites.

Edson Carmo

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

APÓS O SOFRIMENTO VEM O GOZO!

Após cada sofrimento, o gozo se seguirá. Após cada sofrimento o gozo irá bater em sua porta – mas se você não estiver atento, alerta, você não poderá ouvir suas batidas. No mundo da matéria, nada permanece eternamente, tudo tem começo e também fim. Por isso não se preocupe com o sofrimento que vem; ele também se vai. Após a noite, sempre vem o sol. Se você não aceitar a noite e lutar contra ela, você perderá também o sol, porque quando conseguir vencer a noite, você cairá no sono, continuará na escuridão. Lembre-se: O problema não é o sofrimento; o problema é sofrer por causa do sofrimento. Só o primeiro sofrimento é proveitoso, o segundo não. O primeiro sofrimento é bom, mas o segundo sofrimento é mal. Portanto, quando vier o sofrimento, simplesmente o aceite, fique feliz, não sofra por causa dele. A vida é um fluxo, o rio corre por si só – você não precisa empurrá-lo; se você empurrar o rio, você estará sendo no mínimo tolo, o rio não precisa de você. Se o rio flui por si só, então o deixe fluir, não há outra coisa melhor a fazer. Não crie sofrimento secundário, somente o sofrimento primário é bom, ele é uma providencia de Deus. Nunca esqueça de que o segundo sofrimento é perigoso, ele é uma criação sua, é um esquema mental que pode não ter mais fim. Lembre-se: Sempre que vier o sofrimento, fique feliz, confie em Deus. Deus faz do sofrimento um trampolim para o gozo. O sofrimento é um professor, nada há de errado nele, ele está cooperando para o seu bem. Confie em Deus, ele está cuidando para que a tormenta esteja em beneficio da calmaria; para que o mal aconteça a serviço do bem... Aquele que sabe que o sofrimento existe em benefício do gozo, jamais sofrerá – é impossível.


Edson Carmo

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

NATAL

Natal é nascimento – o nascimento do Salvador. Mas onde Ele nasceu? A quem Ele salvou? O significado do Natal não está em uma data. O dia 25 de dezembro é apenas uma compensação social (um dia de folga; um dia de lazer; uma barganha com presentes). Natal só é de verdade quando o Cristo nasce no coração; quando a luz resplendesse em nós, luz que nada mais é que a Liberdade ante as mágoas, as violências, os ódios e tudo aquilo que é treva espiritual. Se o seu coração está Luminoso com o Amor e seus sentimentos inerentes, então é Natal, O Messias de Deus nasceu em seu coração.

Do meu melhor coração, fica a declaração do meu desejo intrínseco que tenhas um Feliz Natal!

Edson Carmo

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

NOSSA OCUPAÇÃO

Nos ocupamos com o que priorizamos, com aquilo que nos parece mais importante... Ora, a ocupação não existe em si mesma, somos nós quem a criamos. Assim, o que existe é o ocupar-se, e não a ocupação. Como a ocupação pode determinar onde iremos? Não, é nós quem escolhemos a ocupação, não o contrário!

Edson Carmo

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

A PRISÃO DO HOMEM E DA MULHER

O bom não é ser escravo, bom é ser livre! Qual a alegria de um escravo? Qual o prazer de Ter que fazer as coisas obrigado? Qual o gozo de estar aprisionado na masmorra da tradição machista? Que singularidade, que individualidade há em ser comum, igual a todos? Um homem comum é sempre semelhante a um objeto que saiu de uma linha de fabricação em série – não passa de um robô sem alma e sentimento. O homem não sabe o que é a liberdade, ele não pode ser poético, gentil, amoroso, carinhoso, atencioso... porque está manipulado, administrado por um programa de caçador e predador. O homem vê a mulher como um sonho de consumo, uma necessidade... Veja a decadência dos homens, eles ficam com qualquer mulher meramente porque são homens. Ficam com qualquer mulher apenas para satisfazer as suas necessidades biológicas. Tornou-se um animal administrado pelos instintos e a mulher está agora trilhando o mesmo caminho.

O bom é estar em uma condição superior a das amebas que só comem. Bom é estar em uma condição superior a da maioria dos animais, que vivem para o sexo e o poder. Bom é amar, porque amar é a qualidade suprema de um verdadeiro ser humano.

Edson Carmo

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

TODOS PERGUNTAM A SI: "QUEM SOU EU?"

Todo desespero humano consiste no fato de não sabermos quem somos. Somos uma possibilidade; um potencial a ser descoberto e trabalhado; um processo; um desenvolvimento; um talvez; ... Porque não somos ainda, sofremos – essa é toda nossa dor. Essa é agonia humana: “não ser ainda, mas ainda ter que ser”. Os animais sabem quem são. O papagaio só pode ser papagaio; o leão só pode ser leão... Nenhuma mudança ou transformação é possível a eles. Eles são um produto acabado. Mas o homem sempre se pergunta: “Quem sou eu?” porque não conhece a resposta. De fato essa é a pergunta que poucos sabem responder, e é a partir dela que surge todas as formas de ciência e também a ganância pelo dinheiro e o poder. Quem é louco por dinheiro, por poder, certamente está tentando responder à pergunta “Quem sou eu?”. Tal pessoa pensa que ao ter dinheiro ela saberá quem ela é. Ela pensa que será rica, ela pensa que terá uma identidade com isso. Quando o homem tiver se tornado rico, novamente a pergunta surgirá: “Quem sou eu?” Ele agora tem dinheiro, mas quem ele é? Ele não é o dinheiro! Ele não pode ser aquilo que ele possui. O homem não é o seu Ter, e sim o seu Ser. Quem é esse homem que possui? Ele possui o título de Governador, mas isso é só uma função, isso não é o seu Ser. Quem é ele afinal? Quem é esse homem que não era Governador e que agora é um Estadista Poderoso, será que será a mesma coisa amanhã? O título, a função são apenas papeis, episódios na vida dele por isso a vontade de ser persiste, ela não pode ser satisfeita por esses esforços e conquistas superficiais. O homem não é porque está fazendo exatamente isto. Ele pensa que é o marido, o pai, o isso, o aquilo... mas o desejo básico é de alguma maneira ter uma identidade: “eu sou o marido, eu sou o pai, eu sou o chefe”. Essas coisas não podem responder a pergunta. Ser uma um pai, é simplesmente a superfície. Essa não é a real identidade. Essa é uma identidade falsa. Se a criança morrer, quem será o pai? O pai já não será mais pai. Se a esposa deixar o marido, então ele será marido de quem? Essas identidades são cascas muito frágeis e o homem vive constantemente enfrentando crises para tê-las. Ele tenta arduamente arrumar uma definição para si mesmo, mas tudo que ele consegue é uma falsa identificação. O homem é o seu mundo interior. Como ele pode conhecer isso através de objetos do mundo exterior? Eu sou um homem que ama, não um Pastor. Eu sou a minha humanidade, não o meu título. O homem pode ter uma bela casa, mas isso é o mundo exterior. O homem pode ter belas peças de arte, pinturas, antigüidades, carros, títulos, mas tudo isso é apenas o mundo exterior. Essas coisas não podem definir o homem porque um dia a casa pega fogo e toda a falsa identidade vai ser queimada, então o homem estará confuso, perguntando novamente: “Quem sou eu?”

Edson Carmo

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

SUA MENTE NÃO É VOCÊ

Minha abordagem, meu trabalho é fazer com que as pessoas percebam que há uma diferença entre o que acreditamos Ser e o que realmente Somos. Foi Deus Quem lhe criou, mas você acredita que é o personagem criado por sua mente, uma mente que nem mesmo é natural.

Tente entender isso profundamente: Seu cérebro foi criado por Deus. Seu cérebro é parte do seu corpo, mas sua mente é criada pela sociedade na qual você vive. Ela é criada pela religião, pela cultura, pela escola, pela mídia... É por isso que existe a mente religiosa, a mente comunista, a mente ateísta...

Cérebros são naturais, mas as mentes são fenômenos criados pelos homens, pelas sociedades. Se você nasce em uma sociedade ateísta, então você é um ateu. Se você nasce no Brasil, então naturalmente você é brasileiro e obviamente fala o português. Onde está sua individualidade? Onde está sua originalidade? Sua soberania?

Lembre-se: O cérebro é parte do seu corpo, mas a mente não nasceu com você, não é parte de você. Foram outras pessoas que a fizeram para você e instalaram em você. Ela não é você, ela nem mesmo lhe pertence; e tudo que a mente lhe oferece é emprestado.

Os sistemas, as pessoas que investiram em seus próprios interesses, não querem que você descubra que você não é a sua mente. Todo o esforço delas tem sido mantê-lo identificado com a mente para que eles possam manipular você. Você está sendo enganado de uma maneira tão sutil! Por isso não se esqueça: os manipuladores de sua mente estão do lado de fora, eles não são você e nem estão dentro de você. Você é aquele que pode observar tudo isso – acorde para ver.

Edson Carmo

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A MORTE VEM, ESTEJA PREPARADO

Qual o valor desta vida se ela está sujeita a morte? Se a morte chega e a leva, o que vale a pena nessa vida? Após o nascimento só uma coisa é certa: a morte. Mas a vida que acaba na morte não é e não pode ser a verdadeira vida. A vida não é o corpo! Alguém morre hoje, alguém amanhã e alguém depois de amanhã: qual é a diferença? Tempo não é vida e sim, uma ilusão de vida – neste contexto tempo é apenas sonho ou pesadelo.

Vida só é verdadeira quando é eterna! Do contrário, qual é a diferença entre um sonho e aquilo que você chama de vida? Durante a noite, dormindo, você sonha, o seu sonho parece ser tão real; tão real quanto aquilo que você vê com os olhos abertos. Pela manhã você acorda e o sonho se desfaz, nem mesmo um rastro sobrou. Daí você vê que tudo foi um sonho e não uma realidade. Assim, aquilo que chamamos de vida não passa de um sonho que continua por alguns anos até que venha a morte. Mas a morte deve ser vista como um apelo para vida. Perceba: se não existisse a morte não haveria o desejo pela vida. E é por causa da morte que a religião existe (...).

Então quando você estiver diante de uma pessoa que está morrendo, não lamente por ela, lamente por você mesmo. Você está no mesmo caminho, no mesmo apuro. A morte baterá na sua porta mais cedo ou mais tarde. Por isso esteja pronto, antes que a morte chegue conheça a Verdade ela o libertará. Você não deve ser levado para o outro lado em ilusão, vivendo a mentira; senão toda sua vida não passará de um sonho ou de um pesadelo. Vida, vida real, nunca se acaba, nunca morre. Quem morre? A matéria morre! O Ego morre. O Ego com seu pecado morre! Quando você abandona o Ego, o pecado, coincidentemente você vence a morte. O pecado tem que ser abandonado. Com a eliminação do pecado a morte desaparece. Por isso não lamente pela pessoa que está morrendo, nada você pode fazer por ela. Faça por você mesmo – algo pode ser feito. Deixe que a morte dos outros seja apenas uma indicação para que você não prossiga desperdiçando sua vida. Lembre-se: “O mesmo vai acontecer com você.” Esteja pronto!

Edson Carmo

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A ALEGRIA QUE NÃO VEM PELA MESMA VIA DO SOFRIMENTO

A verdadeira alegria nunca é aquela que vem pela mesma via por onde surge o sofrimento. O mundo está enganado a cerca da alegria. Muitos dizem: “não há alegria, o que existe são momentos alegres”. Ora, a tristeza não é o estado natural do coração. A tristeza é sempre o seu estado de enfermidade. Se é assim, então o que essas pessoas estão dizendo é que não há saúde e sim momentos saudáveis – que engano! Jesus Cristo disse alguma coisa com esse sentido: “Eu vos dou a alegria que o mundo não pode dar”. Lembre-se: A alegria não é ordinária, ela é extraordinária. Ela não é mundana, e sim Divina. Tudo que o mundo produz é passageiro como uma bolha de sabão, mas as dádivas de Deus são eternas.

Edson Carmo

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

É PRECISO TRANSCENDER TRÊS ESTÁGIO PARA SE TORNAR UM VERDADEIRO SER HUMANO

Vejo vidas “insignificantes” no meio dos homens. Vejo brigas pela comida, pelo poder(...) e até pelo sexo. Vejo vidas vazias, incompletas – pela metade. No meio da multidão de tudo se vê porque de tudo acontece. Ora, uma pessoa para ser plena como ser humano deve passar por três estágios até chegar no quatro. Os três primeiros são estágios animais do homem, só no quarto o homem se torna um verdadeiro ser humano.

Normalmente as pessoas ficam presas no mais baixo, o que constitui num crime contra a vida. O crime cometido é se desviar de ser o que se deve.

Falemos dos estágios:
O primeiro é a comida. Uma pessoa obcecada por comida está na categoria mais baixa de animal. Não come para viver, vive para comer. Essa é a possibilidade mais baixa. Aprendi na escola que a forma mais inferior de vida é a ameba. Ela apenas come e nada mais. A ameba não tem vida sexual, apenas vai comendo tudo o que pode – esse é exatamente o símbolo do homem inferior. A ameba não tem órgãos à não ser a boca. Ela vai comendo tudo o que estiver por perto, e vai digerindo, absorvendo com todo o seu corpo, que é apenas uma boca. Assim, ela vai se tornando cada vez maior, até chegar num ponto onde não pode mais crescer, e então se divide em duas sucessivamente. São muitas as pessoas que vivem nesse nível mais baixo.

O segundo é o poder. É o desejo de dominar as pessoas. Tem gente que se sente muito inferior em seu íntimo: quer mostrar ao mundo que é alguém, que pode dominar, que pode colocar as pessoas sob seu comando. Esta é a pessoa obcecada pelo EGO. Ela pode seguir qualquer direção: se for o dinheiro, irá acumulando dinheiro, que se torna o símbolo do poder. Se for para a política, não ficará satisfeita até ter alcançado o fim – e não há nada lá. Ela aprende somente uma arte: como ir subindo cada vez mais alto. E chega um momento em que não há mais para onde subir... Então, há uma grande frustração. Vendo alguns documentários na tv, aprendemos que entre os animais sempre há o "manda-chuva". Se for um grupo de macacos, existirá um que é o chefe, enquanto o resto do grupo vai atrás dele. É o líder, o que domina. O mesmo acontece com os tigres e muitos outros animais. Dominar os outros, tentar subjugar alguém é um instinto bem animal. O verdadeiro ser humano tenta conquistar a si mesmo, não os outros. O verdadeiro ser humano ama a sua liberdade e a dos outros também.

O terceiro é o sexo. O sexo é melhor do que a comida e o poder, porque tem a qualidade um pouco mais alta, a de compartilhar. O sexo tem algo mais alto. Na comida, você simplesmente absorve; não compartilha. Na dominação, você destrói, não cria. O sexo é a possibilidade mais alta no plano mais baixo: você compartilha sua energia e se torna criativo.

Sendo assim, os três primeiros estágios são animais. Mas há o quarto estágio. O quarto estágio é do coração. É o do amor. Esta é a ponte! Tente compreender isso tão profundamente quanto possível: Abaixo do coração o homem é animal; acima do coração, torna-se divino. Somente no coração o homem é humano. Somente o homem que pode amar, que pode orar, chorar, rir, compartilhar, sentir compaixão... pode ser chamado de SER HUMANO.

Edson Carmo

domingo, 7 de dezembro de 2008

DOIS TIPOS DE MEMÓRIA

Existem memórias com vida própria e memórias sem vida própria. As memórias sem vida própria não tem vontade alguma, são comparadas a objetos que não podem se mexer. Elas ficam imóveis nos seus lugares a espera de quem as manuseiem. Vou dar um exemplo: se desejo ir do meu apartamento à casa de um amigo, eu abro a caixa de memórias sem vida e lá encontro um mapa do itinerário que devo seguir. É da caixa das memórias sem vida própria que nos valemos para responder boa parte das questões que nos são propostas no dia-a-dia. Se a memória não estiver lá a coisa fica má... Estas memórias não deixam de ser importantes. Tem um grande valor. São essas as memórias que os médicos testam para ver se uma pessoa está sofrendo de amnésia ou de algum outro mal cerebral. O médico, como quem não quer nada, vai discretamente fazendo perguntas sobre relacionamentos, trabalho, moradia e etc. Se a pessoa não souber responder é porque está doente. Essas memórias são muito importantes, sem elas não poderíamos resolver os problemas da vida objetiva. Estaríamos sempre perdidos. Porém existem as memórias vivas, memórias que tem vontade própria. As memórias com vida própria, ao contrário das sem vida própria, não ficam quietas dentro de uma caixa. São como pássaros fora da gaiola, sempre em vôo. Você não precisa chamá-las que elas vêm espontaneamente. E vêm quando querem! Moram dentro de nós, mas não a dominamos. Andamos pela rua e, de repente, uma flor nos faz lembrar do cheiro e da maciez de quem amamos. Elas também são muito importantes, porque quando elas aparecem o corpo se emociona, ri, chora...

Edson Carmo

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A ALEGRIA LHE BUSCA, MAS NÃO LHE ENCONTRA EM CASA


Deus lhe trouxe aqui para um propósito Divino, e a alegria virá e entrará pela porta deste propósito. A alegria sempre bate nesta porta, mas você não está lá; você está fora do propósito de Deus. Como a alegria vai lhe encontrar se você está fora da casa que Ele fez para você? A alegria conhece apenas o endereço que Deus lhe deu. Mas você nunca é encontrado lá, você está sempre em algum outro lugar. Você está sempre escondendo-se em alguém que não é você. Como você espera que a alegria lhe encontre? A alegria está procurando por você. Ela sabe o seu nome, mas você abandonou o seu nome por um título. Ela conhece o seu endereço original, mas você não mora mais lá. Você permitiu que o mundo tirasse você de casa. Você quer Ser alegre, mas isso está muito difícil. Para Ser alegre é preciso de uma mudança em sua maneira de viver, em sua maneira de pensar, em sua maneira de sentir, de ver... Você precisa voltar a Ser o que Deus quer que você seja. Você tem que deixar de lado todos os padrões que foram impostos a você, e você tem que encontrar o propósito de Deus em sua vida. Não se preocupe muito com o materialismo, porque ele é o maior desvio da alegria. E a ironia das ironias é que as pessoas pensam que elas serão alegres quando elas tiverem dinheiro. Dinheiro nada tem a ver com alegria. Se você é alegre e você tem dinheiro, você pode usá-lo para a alegria. Se você é triste e tem dinheiro, você usará aquele dinheiro para mais triste ainda. Porque o dinheiro é simplesmente uma força neutra. Se você for alegre e você tiver dinheiro, você se tornará mais alegre. Se você for triste e tiver dinheiro, você se tornará mais triste, porque o dinheiro vai realçar o seu padrão, seja qual ele for. Mas as pessoas vivem atrás de dinheiro, como se ele fosse trazer alegria. Essa é a miséria do homem mundano, ele muda o seu Ser por causa do dinheiro, das coisas materiais. Em algum ponto do caminho, todo mundo se perdeu. Nós fomos educado por pessoas que viveram fora do propósito de Deus. Nós fomos educados por pessoas que não tinham alegria de verdade. Os pais, os professores, os líderes da sociedade, eles foram pessoas infelizes porque estavam fora do propósito de Deus e por isso eles criaram um padrão infeliz para este mundo.

Agora olhe para você, você já assumiu a sua própria vida?

Lembre-se: a alegria ocorre naturalmente a uma pessoa que está no propósito de Deus. A alegria ocorre naturalmente a uma pessoa de Deus. A alegria é a conseqüência para uma pessoa que reside no propósito de Deus. Mas o mundo tem tentado isso de uma outra maneira, em um outro lugar e assim não é possível.

Jesus Cristo é a Salvação do Mundo - a verdadeira Alegria.

Edson Carmo

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

SUICÍDIO GLOBAL


Muitos costumam dizer: "Nós estamos acabando com o mundo". Mas já disse Antoine-Laurent de Lavoisier: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Quem está com a razão? O que sei é que a vida acontece num processo constante de trocas entre o nosso corpo e a natureza – o ar entra no corpo e sai do corpo, a comida entra no corpo e sai do corpo... Então se a natureza se tornar veneno, o corpo morrerá. E o que o homem está produzindo? Veneno!

O que me dói mesmo é ter consciência de que os homens nem ligam, não tão nem aí, não se importam com isso – trata-se do suicídio global.

Edson Carmo

AMAR NÃO É TER, É SER


Amar não é Ter, é Ser. Porque amar é uma qualidade e não uma quantidade. Não é a pessoa que dá amor, é o amor que dá a pessoa em doação a outra(...). Não é a pessoa que move o amor, é o amor que move a pessoa(...).

Edson Carmo

DOR NO CORPO



Há duas maneiras de sentir dor, e, há duas ações. Há a necessidade de ser cuidado e há a necessidade de cuidar de quem se ama. Entendeu a primeira frase com a pista da segunda? Quando a dor é em mim, sinto desejo de ser cuidado. Quando a dor é em quem amo, sinto uma enorme vontade de cuidar. Em ambos os casos temos necessidade de fazer com que a dor desapareça. Infelizmente dores fazem parte da vida e elas podem ser acidentais ou não. Uma topada, uma pisada em espinhos, uma queimadura, uma martelada no dedo... todas essa são dores acidentais. Mas não são só elas que existem, existem aqueles que são maldades das pessoas: beliscões, tapas, pontapés... E ainda tem as que são oriundas de enfermidades e etc. Mas tudo é dor! Tudo incomoda!

Pensando sobre as grandes invenções da ciência, penso que a mais maravilhosa de todas foi o controle da dor, pois de que vale tudo o que o progresso alcançou, se meu corpo ou o corpo de quem amo está sentindo dor? Quando a gente sente dor o mundo inteiro desaparece. Nada interessa. O mundo de uma pessoa com dor de dente se resume no dente que está doendo – ela não quer chocolate, não quer diversão, não quer queijo, não quer beijo... Para que a gente sinta o prazer das coisas boas da vida é preciso que não se esteja sentindo dor. Por este motivo cuide-se!

Edson Carmo

PARA PENSAR EM LIBERDADE 01


Liberdade não é o poder de fazermos o que gostamos, muitas das vezes o que gostamos não é mais que os nossos condicionamentos(...). Alguém pensa que liberdade tem a ver com o poder de escolha(...). Se uma pessoa é realmente livre, então por que ela é obrigada a escolher? Ora, só quando há dúvida e incerteza é que precisamos escolher – a liberdade é algo incomparável. Alguns falam em liberdade dentro, outros falam em liberdade fora, mas dentro e fora a liberdade só existe quando não há conflito, confusão e manipulação. A liberdade só existe quando não estou sendo produto da cultura, da religiosidade e da mente ordinária. As vozes, as forças manipuladoras são muitas: professores, mídia, livros, psicólogos, filósofos... há muitos tipos de escravidão em forma de condicionamento. Para mim liberdade é quando contrariando a todos somos nós mesmos, quando nossa ação é completa, harmônica e silenciosa. Mas isso é só para pensar em liberdade – nada mais.

Edson Carmo

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

SOBRE PERGUNTA E RESPOSTA




“Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas”

Luís Fernando Veríssimo

Olha que legal dá para postar algo relacionado.

Manu Weyne

É interessante saber que a palavra resposta está relacionada à palavra responsabilidade – é por isso que o que sucede a uma pergunta pode não ter responsabilidade alguma e ser apenas uma reação.

Lembre-se, a ação é a verdadeira resposta, ela é sempre essencial. Mas a reação é apenas uma atividade, um não poder se aquietar. O corpo tem sede e a resposta é o ato de beber água. Uma pessoa não tem fome, nem sede, mas está fumando um cigarro, tomando um cafezinho. Isso não é uma ação, e sim uma reação a muita tensão.

Quando se pergunta, uma coisa deve-se examinar, se a pergunta é certa. Porque uma pergunta errada trará fatalmente uma resposta errada.

Quanto ao texto do Luís Fernando Veríssimo, o fenômeno que ele aponta é muito simples, é a mesma coisa que dizer: “quando a gente consegue encontrar lógica para responder as perguntas de ontem, o hoje já nos trouxe novos questionamentos, novas indagações”.

Ora, não se pode pisar na mesma água do rio duas vezes - nem mesmo uma só vez! A vida é um fluxo, tudo se modifica em cada unidade indivisível de tempo.

Edson Carmo